quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Grupo da Terceira Idade de Bem com a Vida

 

Grupo da Terceira Idade de Bem com a Vida

 

O Grupo da 3a Idade de Bem Com a Vida, funciona na Rua A, nº 992 - Bairro Aloísio Conrado – Ipiaú-BA, vizinho ao Abrigo dos Idosos. Nasceu em 1996, motivado pela percepção que na nossa cidade não existia entretenimento para às pessoas da 3º Idade, resolvemos criar esse grupo de convivência, que tem como objetivo, oportunizar momentos de lazer e melhorar a auto estima deles.

O Grupo da 3a Idade de Bem Com a Vida tem Sede Própria desde 2010. Graças a doação do terreno pela Prefeitura Municipal de Ipiaú e a construção através da Professora Teresinha Souza e doação de alguns empresários da cidade. A Sede possui uma área externa, um salão amplo, sanitários ( masculino e feminino) cozinha, depósito e secretaria. Onde quinzenalmente, nos reunimos com os associados para atividades lúdicas e recreativas.

Os Primeiros Membros (Criadores/Fundadores) do Grupo da 3a Idade de Bem Com a Vida, foram a Irmã Augusta (in memória), Prof.a. Terezinha Souza, Jailda Gomes e Jeane Gomes. Sendo sua primeira Diretoria formada por Prof.a. Terezinha Souza, Jailda Gomes, Georgina (Zau), Francisco Dourado, Dorinha, Nezinha e Vardinho.

A associação é mantida através do aluguel do espaço para eventos particulares e de seus membros, que colaboram com uma quantia mensal para a manutenção do espaço, além disso possui parceiros como os grupos de Capoeira e Karatê. Que colaboram na organização, promoção e realização de Festas dançantes, comemorações folclóricas, (Bumba meu Boi, Mulinha de ouro, atividades lúdicas (jogos e artesanatos) e palestras. Fazendo jus ao objetivo do grupo criado com a intenção de promover a alegria e diversão para os idosos mais carentes, sendo assim, não foram motivado a participarem desses tipos de atividades.

O Grupo de Bem com a Vida, aponta a falta de apoio por parte dos órgãos públicos, como a Dificuldade e Desafio a ser enfrentado. Destacando que não tem nenhuma parceria com a Prefeitura Municipal de Ipiaú. Que nunca recebeu apoio, auxílio, patrocínio, doação material, financeira ou técnica da Prefeitura Municipal de Ipiaú. E que eventualmente recebe a Visita da Prefeitura Municipal de Ipiaú de forma informal.

A perspectiva do Grupo de Bem com a Vida, para os próximos 5 a 20 Anos é aprimorar os eventos para maior participação da comunidade. Sendo que para criar ou fortalecer uma Rede de Espaços Culturais de Ipiaú, defende a valorização das pessoas mais carentes e idosas. Registrando que a lembrança mais marcante do Grupo, são a Noite do Bolero, Festa das flores e as apresentações do Bumba Meu Boi e da Mulinha de Ouro.

Márcia Sandes Souza

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Ateliê Cheiros do Campo

 


 

Ateliê Cheiros do Campo


O Ateliê Cheiros do Campo, funciona na Rua Borges de Barros, 19 – Centro – Ipiaú-Ba. Próximo ao Fórum Rui Barbosa. Nasceu em 1983, devido ao fato de trabalhar com artes há muito tempo, percebi a necessidade de criar um espaço artístico, onde as pessoas pudessem aprender artesanatos, através de vários cursos, com profissionais qualificados. Tendo como objetivo, estimular as habilidades do aluno, e dando asas a sua imaginação assim como melhorar a auto estima.

Com Sede Própria desde sua origem. A qual foi obtida através de recursos próprio. Possui uma sala ampla com mesas e cadeiras, boa iluminação, uma estrutura com banheiro, janela e área externa. Onde as aula acontecem uma vez por semana, dependendo do curso escolhido pelo(a) aluno(a).

Os Primeiros Membros (Criadores/Fundadores) do Ateliê Cheiros do Campo foram: Márcia Sandes, Ruth Elizabeth, Célia Costa e Anne Santanna. Sendo que dentre os seus Primeiros Dirigentes figuram Márcia, Célia, Ruth Elizabeth e Zinaldo, que formam a Diretoria que é responsável pelas ações do Ateliê.


 

Dentre as Atividades Culturais Promovidas, Acolhidas, Realizadas, Apoiadas, Mantidas, Organizadas pelo Ateliê Cheiros do Campo, destacam-se: Orientação nos cursos: Pintura em Tecido, Crochê, Pathaplique, Biscuit e outros. Além de manter exposição e feira permanente de produtos artesanais de artesãs e artesãos de Ipiaú e região.

Dentre as Ações de Defesa, Proteção, Preservação, Tombamento ou Registro desenvolvida pelo Ateliê Cheiros do Campo, destaca-se o fato de Possibilitar o interesse artístico e promover o desenvolvimento sócio cultural dos cursistas.

O Ateliê Cheiros do Campo é mantido através da colaboração mensal de cada aluno(a), de acordo com o curso escolhido. O que inclusive foi motivo de Dificuldades e Desafios durante o período mais intenso da pandemia, por ter induzido a suspensão do seu funcionamento.

A Relação do Ateliê Cheiros do Campo com a Prefeitura Municipal de Ipiaú é de perplexidade, pois não existe qualquer parceria. E o Ateliê reclama nunca ter recebido apoio, auxílio, patrocínio, doação material, financeira ou técnica da Prefeitura Municipal de Ipiaú. E nem mesmo a Visita da Prefeitura Municipal de Ipiaú.


 A
Perspectiva do Ateliê Cheiros do Campo para os próximos 5 a 20 Anos é de que normalizando a situação pandêmica, voltar a promover outros cursos, buscando parcerias. Com Espaços Culturais de Ipiaú a exemplo da Casa da Cultura e Pimenta de Cheiro. Pois até o momento trabalhou-se sem celebrar Parceria com Outros espaços culturais.

O Ateliê Cheiros do Campo acredita que é possível criar ou fortalecer uma Rede de Espaços Culturais de Ipiaú, através das parcerias, atividades para pessoas idosas, crianças e adolescentes. E destaca que a lembrança mais marcante foi a realização das live do curso de MDF, promovidas com o apoio da Lei Aldir Blanc via Edital Fauzi Maron, em Ipiaú.


 Informações
e Imagens Fornecidas por:

Márcia Sandes Souza

Endereço Eletrônico: marciacheiros@hotmail.com

sábado, 24 de setembro de 2022

ATELIÊS DE PINTURA, MODA, DESIGN E ARTESANATO

A Lei n. 14.017, de 29 de Junho de 2020, mais conhecida como Lei Aldir Blanc, dispõe sobre ações emergenciais destinadas ao setor cultural a serem adotadas durante o estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020.

A lei lista os seus diversos beneficiários e os qualifica em seu artigo 8o.

Art. 8º Compreendem-se como espaços culturais todos aqueles organizados e mantidos por pessoas, organizações da sociedade civil, empresas culturais, organizações culturais comunitárias, cooperativas com finalidade cultural e instituições culturais, com ou sem fins lucrativos, que sejam dedicados a realizar atividades artísticas e culturais, tais como:

...

XIX - ateliês de pintura, moda, design e artesanato;

O QUE É UM ATELIÊ ?

Refere-se ao espaço em que se trabalha principalmente com as mãos, isto é, reservado às atividades manuais. O conceito admite várias acepções: um atelier pode ser, por exemplo, o espaço de trabalho de um pintor, escultor, ourives, estilista, alfaiate, sapateiro ou artesão. (https://conceito.de/atelier)

1.espaço onde se realiza algum tipo de trabalho artístico ou de artesanato

2.oficina ou estúdio de artistas ou profissionais de arte

3.sessão ou curso prático sobre uma atividade ou um tema

4.grupo de pessoas que trabalham juntas num projeto criativo ou num estudo de um tema ou de uma atividade

Do francês atelier, «lugar onde um artista trabalha»

(https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/atelier)

Ateliê é um termo francês para estúdio, é o lugar de trabalho de pessoas com vontade de criar e onde se pode experimentar, manipular e produzir um ou mais tipos de arte. Incluem-se nesta definição não só qualquer pequena sala onde um indivíduo trabalha na sua,peça de roupa, fotografia, vídeo, ilustração, escultura, pintura, animação, música, rádio etc., mas também grandes edifícios, como ocorre na indústria fonográfica e cinematográfica, além de designar um estúdio artístico, é utilizado para caracterizar o estúdio de um designer de moda ou mesmo artesão. Também é conhecida a conotação de atelier como a casa de um alquimista ou feiticeiro.(https://www.dicionarioinformal.com.br/significado/ateli%C3%AA/7413/)

A Lei Aldir Blanc, foi generosa nessa categoria, ao inserir o ateliê de moda. Definido pelo Sebrae, como "Ateliê de costura é um negócio voltado para a criação de peças de vestuário por intermédio da confecção de vestimentas personalizadas, exclusivas e sob medida." Sim. Aqueles e aquelas pessoas que trabalham com costura, produzindo roupas sob medida ou exclusiva para sua clientela, se constituem em espaços culturais.

Quantas existem em Ipiaú ? Quantas existem em sua cidade ? O desconhecimento da Lei Aldir Blanc por parte da população e a falta de empenho de algumas prefeituras em realizar um cadastro prévio de todos e todas potenciais beneficiários da Lei Aldir Blanc, para garantir que os recursos chegassem de fato a quem precisa. Mais uma vez se evidencia na ausência desses profissionais na lista de contemplados nos editais de Ipiaú. Uma falha da qual o Conselho Municipal de Cultura também comungou, penso, muito mais pela pressão do tempo do exigir o cumprimento da lei, do que pela não valorização da categoria. O que deve ser corrigido no próximo edital.

Mas, qual é correto mesmo: Atelier ou Ateliê ?

As palavras atelier e ateliê estão dicionarizadas e registradas no vocabulário ortográfico da Academia Brasileira de Letras. Atelier é uma palavra estrangeira, de origem francesa. Ateliê é a forma aportuguesada da palavra atelier. (https://duvidas.dicio.com.br>atelier-ou-atelie)


Imperativo que a Secretaria Municipal de Cultura de Ipiaú realize o Cadastro Cultural do Município de Ipiaú, tendo como base as categorias criadas a partir da Lei Aldir Blanc e inserindo aquelas definidas pelo Conselho Municipal de Cultura.


Emídio Souza Barreto Neto

Idealizador/Coordenador

Projeto Espaços Culturais de Ipiaú: Ontem e Hoje.


 

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

 


Povos e Comunidades Tradicionais

O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) preside desde 2007 a Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável das Comunidades Tradicionais (CNPCT), criada por meio do Decreto de 27 de dezembro de 2004 e reformulada pelo Decreto de 13 de julho de 2006. Fruto dos trabalhos da CNPCT, foi instituída, por meio do Decreto 6.040 de 7 de fevereiro de 2017, a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT). A PNPCT foi criada em um contexto de busca de reconhecimento e preservação de outras formas de organização social por parte do Estado.

De acordo com essa Política, Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs) são definidos como: “grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.

Entre os PCTs do Brasil, estão os povos indígenas, os quilombolas, as comunidades tradicionais de matriz africana ou de terreiro, os extrativistas, os ribeirinhos, os caboclos, os pescadores artesanais, os pomeranos, entre outros.

Fonte: http://mds.gov.br/assuntos/seguranca-alimentar/direito-a-alimentacao/povos-e-comunidades-tradicionais


Associação Comunitária do Culto Afrobrasileira Ilê Axé Aidan Sileua

 

Nome do Espaço Cultural: Associação Comunitária do Culto Afrobrasileira Ilê Axé Aidan Sileua

Onde Funciona: Rua Bom Jardim, 10 – Bairro Euclides Neto – Ipiaú – Ba.

Pontos de Referência: Sem Respostas.

Em que Ano nasceu o Espaço Cultural, atualmente dirigido por Você?

08 de Abril de 1983

Qual a Motivação para o Surgimento/Criação do Espaço Cultural atualmente dirigido por Você?

Problema espiritual que se estendeu até os 17 anos de idade. A partir de uma feitura de Santo resolveu a situação até que posteriormente fez o Santo e se livrou de todo problema.

O Espaço Cultural atualmente Dirigido por Você, tem Sede Própria ? Sim.

Caso Sim. Desde quando ? Sem Respostas.

Como foi Obtida ? Trabalho, muito suor derramado, recursos próprios e contribuição de clientes e Filhos de Santo.

Fale sobre o Espaço Físico ( divisões, ocupações, etc. ), do Espaço Cultural atualmente Dirigido por Você. Sem Respostas.

Quem Foram os Primeiros Membros (Criadores/Fundadores) do Espaço Cultural atualmente Dirigido por Você? O próprio Adnaldo Pereira dos Santos, conhecido como Pai Nado.

Quem foram os Primeiros Dirigentes do Espaço Cultural atualmente Dirigido por Você?

O próprio Adnaldo Pereira dos Santos, conhecido como Pai Nado.

Como é a Estrutura Administrativa do Espaço Cultural atualmente Dirigido por Você?

É formada por um Grupo de 25 Pessoas, onde cada uma tem uma função e responsabilidade.

Quais as Atividades Culturais Promovidas, Acolhidas, Realizadas, Apoiadas, Mantidas, Organizadas pelo Espaço Cultural atualmente Dirigido por Você?

Aulas de Costura, Artesanato, Culinária, Instrumentos Percussivos, Atendimento a Crianças e Idosos.

Quais as Ações de Defesa, Proteção, Preservação, Tombamento ou Registro desenvolvida pelo Espaço Cultural atualmente Dirigido por Você? Sem Respostas.

Como o Espaço Cultural atualmente Dirigido por Você se Mantém, se Sustenta ?

Através do trabalho espiritual, apoio da Prefeitura Municipal de Ipiaú com Cestas Básicas e doações dos Filhos de Santo.

Quais as Dificuldades e Desafios enfrentados pelo Espaço Cultural atualmente Dirigido por Você?

Sem Respostas.

Como é a Relação do Espaço Cultural atualmente Dirigido por Você, com a Prefeitura Municipal de Ipiaú ? Boa. Recebemos muito apoio da atual gestão.

O Espaço Cultural atualmente Dirigido por Você, recebe regularmente, já recebeu ou nunca recebeu apoio, auxílio, patrocínio, doação material, financeira ou técnica da Prefeitura Municipal de Ipiaú?

Sem Respostas.

O Espaço Cultural atualmente Dirigido por Você recebe regularmente, eventualmente ou nunca recebeu a Visita da Prefeitura Municipal de Ipiaú? Recebe regularmente.

Qual a Perspectiva do Espaço Cultural atualmente Dirigido por Você, para os próximos 5 a 20 Anos ? Cada dia ampliar os serviços para a comunidade.

Quais os Espaços Culturais de Ipiaú que Você conhece ? Academia.


 
O Espaço Cultural atualmente Dirigido por Você, Possui ou Mantém Parceria com Outros Espaços Culturais? Quais e em quais Ações ou Projetos? Não.

O que você faria para criar ou fortalecer uma Rede de Espaços Culturais de Ipiaú ?

Fortalecer os ensinos, dar aulas de reforço, creche para crianças, espaço para idosos e dependentes.

Qual a sua lembrança mais marcante do Espaço Cultural atualmente Dirigido por Você ?

Quando uma Senhora trouxe o Neto dela para fazer uma Obrigação e ao terminar o Trabalho da mesma, o Neto disse que não voltaria pra casa. Ela também preferiu ficar morando junto com o Neto. Passando a morar em nosso Terreiro por 30 anos, onde ela faleceu e o Neto ficou sendo criado por mim.

A cultura aqui é muito pobre. Terreiro de Candomblé não é só bater tambor. Precisa de mais apoio para a área social, inclusive de Vereadores. Seria feita uma entrega de Título para o Pai Naldo, o que foi negado. Muitos Vereadores disseram “Pra que macumbeiro quer título ?!”



Informações fornecidas por:

Nome Completo: Adnaldo Pereira dos Santos

Endereço: Rua Bom Jardim, 10 – Bairro Euclides Neto – Ipiaú – Ba.

Endereço Eletrônico: naldopereira_2008@hotmail.com

Telefone de Contato: (73) 3531-2732

quarta-feira, 14 de setembro de 2022


 

Espaços Culturais: Mais que um Conceito

por Karen Valentim


Espaços Culturais são verdadeiros pontos de ebulição cultural, capazes de propiciar o acesso direto à cultura para a população de uma região. Na busca de potencializar a produção cultural de cada região que artistas, coletivos, grupos e instituições se apoiam de forma colaborativa para propor atividades como oficinas, sarau, exposições de arte e festas (lazer) para a comunidade com o foco de atender a todos os públicos. É nesses espaços que todas(os) fazedoras(es) culturais se encontram junto a(s) sua(s) comunidade(s) para realizar atividades que proporcionem a valorização e a difusão das manifestações culturais de cada território.

É importante compreender que a existência desses espaços supre uma demanda social que transita entre diversos campos da vida de um indivíduo e a sociedade na qual o mesmo está inserido. É também uma das vias para expandir o acesso às práticas artísticas capazes de transformar a vida e a percepção de mundo de muitas pessoas.

A organização desses espaços vem colaborando com a instituição de algumas leis de cultura no Brasil, como por exemplo, os Pontos de Cultura - uma rede de iniciativas e/ou projetos de base cultural de transformação dos territórios e as comunidades periféricas e tradicionais. Essas ações culturais colaboram para a redução das violências que atingem a população mais vulnerável e desperta na sociedade o interesse em acessar e consumir a arte e cultura das periferias, reconhecendo como berço da tecnologia cultural. Muitos projetos iniciam com a necessidade de implementar ações comunitárias da cultura que estão presentes no cotidiano, mas que muitas vezes estão sendo desvalorizadas enquanto ferramentas de transformação sociocultural. É através dos espaços culturais que muitos artistas têm suporte para iniciar suas carreiras e tornar sustentáveis seus sonhos de viver da arte.

Nesse momento, é importante que sigam sendo implementadas leis culturais que possibilitem maiores investimentos para espaços culturais, de coletivos, grupos e instituições, que continuam promovendo atividades em lugares onde as políticas públicas ainda não têm acesso efetivo para a população. Sendo então reconhecidos e difundidos projetos com metodologias para transformar a realidade de crianças e jovens, para que se apropriem dos espaços como agentes multiplicadores de conhecimento, onde todos são responsáveis pelo processo de mudança ativa junto à comunidade.

Espaços Culturais vibram a história, personagens e eventos que moldam a história e cultura de uma população inteira, carregando consigo a verdadeira identidade de um povo através dos tempos. É nessa vivência/experiência que nos descobrimos e nos enxergamos, entre e através das tradições, das grandes aventuras e dos sonhos de todos nós e daqueles que transbordaram de si a cultura viva e poderosa.



Karen Valentim é Artista, fazedora cultural, mãe da Lua, atua desde 2014 desenvolvendo projetos junto às comunidades periféricas e tradicionais, no Espírito Santo. Em 2017 inicia uma pesquisa sobre os pigmentos naturais voltados para produção de mural. Tem experiência em gestão cultural no terceiro setor e no setor público. É matrigestora na residência artística Latinta Mural, com ações na América Latina e África, e no cineclube El Caracol.

Este texto foi escrito para o Projeto Espaços Culturais de Ipiaú: Ontem e Hoje.

quinta-feira, 8 de setembro de 2022


 

Patrimônio Cultural


A Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 216, ampliou o conceito de patrimônio estabelecido pelo Decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, substituindo a nominação Patrimônio Histórico e Artístico, por Patrimônio Cultural Brasileiro. Essa alteração incorporou o conceito de referência cultural e a definição dos bens passíveis de reconhecimento, sobretudo os de caráter imaterial. A Constituição estabelece ainda a parceria entre o poder público e as comunidades para a promoção e proteção do Patrimônio Cultural Brasileiro, no entanto mantém a gestão do patrimônio e da documentação relativa aos bens sob responsabilidade da administração pública.

Enquanto o Decreto de 1937 estabelece como patrimônio “o conjunto de bens móveis e imóveis existentes no País e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico”, o Artigo 216 da Constituição conceitua patrimônio cultural como sendo os bens “de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”.

Nessa redefinição promovida pela Constituição, estão as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

O Iphan zela pelo cumprimento dos marcos legais, efetivando a gestão do Patrimônio Cultural Brasileiro e dos bens reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio da Humanidade. Pioneiro na preservação do patrimônio na América Latina, o Instituto possui um vasto conhecimento acumulado ao longo de décadas e tornou-se referência para instituições assemelhadas de países de passado colonial, mantendo ativa cooperação internacional.

Nesse contexto, o Iphan constrói em parceria com os governos estaduais o Sistema Nacional do Patrimônio Cultural, com uma proposta de avanço disseminada de maneira contínua para os estados e municípios em três eixos: coordenação (definição de instância(s) coordenadora(s) para garantir ações articuladas e mais efetivas); regulação (conceituações comuns, princípios e regras gerais de ação); e fomento (incentivos direcionados principalmente para o fortalecimento institucional, estruturação de sistema de informação de âmbito nacional, fortalecer ações coordenadas em projetos específicos).

Trabalhando com esses conceitos e visando facilitar o acesso ao conhecimento dos bens nacionais, a gestão do patrimônio é efetivada segundo as características de cada grupo: Patrimônio Material, Patrimônio Imaterial, Patrimônio Arqueológico e Patrimônio Mundial.

Fonte: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/218