domingo, 9 de junho de 2013

O DIREITO DA PAISAGEM NO MUNICÍPIO DE IPIAÚ

A Constituição da República dispõe, em seu artigo 225 que "todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações".

Insere-se no conceito de meio ambiente, a paisagem urbana.

"Nessa ótica, a paisagem urbana é um bem, um valor ambiental. Sua proteção decorre da necessidade humana de conviver com elementos sensoriais que lhes proporcionem bem estar físico e psíquico, intimamente relacionados com a proteção à qualidade de vida a que alude o texto constitucional."

Em Ipiaú, temos assistido a degradação do patrimonio ambiental indiscriminadamente, como também a flagrante violação do direito a paisagem de toda população, transeuntes e de hospitalizados, que certamente tem na paisagem a sua frente, um aliado para amenizar enfermidades e aplacar tristezas.

Registramos no entanto, a implantação de placas de outdoor que se encontram sujas e com aspecto de abandono e mais agressivamente, a construção de prédios, sem placas de identificação, sem responsável técnico e sem alvará. (Cadê a fiscalização da Prefeitura?)
 Fotos: Emídio Neto

Com isso todos perdemos, estamos perdendo, uma das mais belas paisagens de Ipiaú: a paisagem do Vale do Rio Água Branca.

A população deve se posicionar diante disso, manifestando sua indignação contra mais esse crime ambiental.

Há ainda de se esperar que a temperatura aumente para os que vivem nos imóveis como Fundação Hospitalar de Ipiaú, escritórios e residencias da área etc. Haja visto que se impedirá a circulação de ar fresco vindo do Vale.

Em nome da qualidade de vida, diga não as construções na área livre defronte a FHI - Fundação Hospitalar de Ipiaú.

Emídio Neto
Ambientalista/Téc. Agropecuária/Agente Ambiental/Graduando em História

Para saber mais sobre o tema leia: http://jus.com.br/revista/texto/21029/paisagem-urbana-e-dano-ambiental-estetico#ixzz2VjJ9PA5U

segunda-feira, 3 de junho de 2013

SEMANA DO MEIO AMBIENTE DO PAPAMEL

No período de 1 a 9 de junho de 1991, o Grupo Ecológico Humanista PAPAMEL realizou a sua primeira Semana do Meio Ambiente, oportunidade em que discutiu temas os mais diversos, como o tratamento dos resíduos sólidos, o saneamento básico, os desmatamentos e a importância da Mata Atlântica, espiritualidade e meio ambiente, cultura e meio ambiente, além de realizar passeata e torneios de rua de futebol e basquete.

A primeira SEMAP, foi um grande sucesso de parcerias e público.

Nesse ano, o PAPAMEL promove a XXIII SEMAP, com uma programação que envolve desde palestras nas escolas a reuniões técnicas e temáticas, passando por torneios desportivos e mutirões de limpeza do Rio das Contas.

No Ano Internacional da Cooperação pela Água, instituído pela UNESCO, o PAPAMEL adota como tema A Cooperação pela Água, focando suas discussões na Lei Nacional do Saneamento Básico, na promoção da Educação Ambiental como meio de enfrentamento dos grave problemas causados pelo lançamento de lixo diretamente nos cursos e corpos d'água.

Nesse sentido, lhe convidamos a participar conosco de mais uma ação do PAPAMEL em prol da melhoria da qualidade de vida de todos.

CONVITE
No Ano Internacional da Cooperação pela Água, o PAPAMEL convida você para participar da Programação da XXIII SEMAP, fazendo a partir da sua casa, da sua escola, do seu ambiente de trabalho, onde estiver, ações simples que possam ajudar a cuidar no presente desse recurso esgotável que é a água, para garantir o direito das gerações futuras. Lembremos que cuidar da água é um dever de todos e de cada um.
XXIII Semana do Meio Ambiente do PAPAMEL
  Tema: Cooperação pela Água
DATA
HORA
LOCAL
ATIVIDADE / AÇÃO




01/06
7:00h.
Rádios
Entrevistas: História da SEMAP e Programação 2013
02/06
7:00h.
Cidade
Mobilização e Divulgação
03/06
19:30h.
Cidade
Mobilização e Divulgação
04/06
8:00h.
Sala de Reun da SecMEducIpiaú
II Reunião Temática Aliança Silvestre - Rede em Defesa da Fauna e da Flora
05/06
8:00h.
CEPLAC – Ipiaú
Curso Operação de Receptores de GPS Garmin
05/06
20:00h.
Câmara Mun de Ipiaú
Impactos Ambientais dos Estabelecimentos que Trabalham com Combustíveis, Graxas e Óleos Derivados de Petróleo
06/06
8:00h.
CEPLAC – Ipiaú
Curso Operação de Receptores de GPS Garmin
07/06
8:00h.
CEPLAC – Ipiaú
Curso Operação de Receptores de GPS Garmin
07/06
19:00h.
Camara Municipal de Ipiaú
Impactos Ambientais das Empresas de Construção Civil no Município de Ipiaú
08/06
7 as 12h.
Praças  de Ipiaú
Blitz Educativa (Meio Ambient, Trãnsito, Saúde, Sanitária)
09/06
7 as 12h.
Feiras Livres
Blitz Educativa (Meio Ambient, Trãnsito, Saúde, Sanitária)
10/06
8:00h.
Sala de Reun SecMEducIpiaú
Reunião Temática sobre Gestão Ambiental Municipal
11/06
10:00h.
Colégio Modelo
Vídeo: A Origem das Coisas
12/06
8:00h.
Camara Municipal de Ipiaú
Mostra de Vídeos sobre Consumo e Meio Ambiente
13/06

Câmara Mun de Ipiaú
A Lei Nacional de Saneamento Básico e sua Aplicação em Ipiaú
14/06

Escolas
Apresentação do Blog História Ambiental de Ipiaú e do Site papamel.eco.br
15/06
7 as 12h.
Comunidade
Mobilização para o Mutirão
15/06
14:30h
Estação Ecológica PAPAMEL
3a Reunião Temática sobre Cooperativismo com Catadores de Resíduos Recicláveis
16/06
7 as 12h.
Rio das Contas
Mutirão de Limpeza Adote Um Rio (Saída do Bairro antonio Lourenço)
17/06
7 as 12h.
Estação Ecológica PAPAMEL
Plantio de Essencias Florestais
17/06
20:00h.
Câmara Municipal
Impactos Ambientais das Padarias e Olarias no Município de Ipiaú
18/06
19:00h.
UNEB
Educação Ambiental no Ensino Formal
19/06
19:00h.
Cam Mun Ipiaú
Serralharias e Meio Ambiente
20/06
19:30h.
Câmara Mun de Ipiaú
Mesa Redonda: A MIRABELA e o Meio Ambiente: Cumprimento de Condicionantes e a Percepção da Comunidade.
21/06
7 as 22h.
Escolas de Ipiaú
I Mostra BRASIL: Ditadura Nunca Mais
22/06
8 as 22h.
Praças
Blitz Educativa (Meio Ambient, Trãnsito, Saúde, Sanitária)
23/06
8 as 22h.
Praças
Blitz Educativa (Meio Ambient, Trãnsito, Saúde, Sanitária)
24/06
19:00h.
Bairro Antonio Lourenço - Ipiaú
Apresentação sobre o I São João Ecológico de Ipiaú
25/06
8:00h.
Fundação RECICLAR
Feira de Artesanato de Reciclagem
26/06
8 as 10h.
Escola Chico Mendes
Reunião Temática Lixo Parcerias para Soluções
27/06
19:30h.
Câmara Municipal
Mesa Redonda O Direito de Ter Direitos no Município de Ipiaú
28/06



29/06
8:00h.
Colégio Modelo
Torneio de Xadrez
30/06
7:00h.
Campo do Bairro Pau dÁrco
Torneio Infanto Juvenil de Gude (Bolinhas de Vidro)
30/06
7:00h.
Campo do Bairro Pau d’Arco
Torneio Educativo de Futebol Infanto Juvenil

quarta-feira, 17 de abril de 2013

O Extermínio dos Lagos e Lagoas de Ipiaú I - Lagoa da Barroquinha


                              Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada          nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos. 
Declaração Universal dos Direitos da Água

Quem vê hoje a Praça do Cinquentenário, cheia de barracas e ocupada por todos os lados, pouco se lembra ou nada sabe, que alí, naquele lugar, um dia existiu uma lagoa. A Lagoa da Barroquinha.

A Lagoa da Barroquinha era cercada de taboa, taioba, baronesa e outras plantas que ajudavam a manter a água limpa, apesar do lixo que já era jogado no local, por moradores próximos e pelos frequentadores do local..

Próximo a essa lagoa, existia um campo de areia onde se jogava futebol, gude e outras brincadeiras de criança. Era também nesse lugar que se montava o Parque Ouro Verde, chamado na época de "princesinha de ouro", pois era o maior ponto de encontro e lazer da população.

Com o aumento da clientela do Parque, também aumentou o desejo de se eliminar a Lagoa do local. Assim, foi iniciada um silencioso aterramento pelo Dono do Parque na época, com o consentimento da Administração Pública e a omissão da população.

Por volta do ano de 1965, a Lagoa da Barroquinha foi aterrada com entulho de construção, por iniciativa de "Sêo Angelo", que havia se tornado dono do Parque Ouro Verde.

Vale salientar que desde 1934, já existiam leis que garantiam a proteção das águas, a exemplo do Código das Águas, que dispunha que:
Art. 109. A ninguém é lícito conspurcar ou contaminar as águas que não consome, com prejuízo de terceiros.

A partir do aterramento da lagoa, que deixou de existir, foi exterminada, o local passou a ser conhecido como Praça da Barroquinha, porque era um grande buraco que nos dias de chuva se transformava numa grande lagoa.

Em 1983, durante o cinquentenário de Ipiaú, (50 anos de emancipação política), o prefeito da época Hildebrando Nunes Rezende, mobilizou o comércio local e construiu o que veio a se chamar Praça do Cinquentenário. 

Hoje, em lugar de uma Lagoa que poderia nos ajudar nas horas em que o dia está muito quente, servir de atração turística e embelezar a nossa cidade. Temos apenas uma praça que em dias de chuva sofre com os alagamentos e que enfrenta graves problemas.


É a água querendo voltar pro seu lugar.

Pesquisa e Texto: Emídio Neto.
Fonte: Sr. Arnaldo (Café do Arnaldo)